segunda-feira, 22 de abril de 2013

Livro usa a ciência para explicar os poderes de super-heróis e vilões


Livro usa a ciência para explicar os poderes de super-heróis e vilões



Uma cara de mal e seis garras mais fortes que diamante só existem para um mutante das histórias em quadrinhos. A ciência lamenta por não ter desenvolvido um material tão resistente quanto o adamantium, substância que reveste o esqueleto de Wolverine, mas Juan Scalliter, autor do livro "A Ciência dos Superpoderes", afirma que alguns pesquisadores estão se esforçando para desvendar os segredos dessa arma indestrutível. Químicos da Universidade da California, em Los Angeles, estão tentando ligações covalentes (quando um átomo compartilha dois ou mais elétrons com outros) ao introduzir átomos de uma substância nos de outra, mas os testes com o diboreto de rênio (boro com rênio) precisam de mais tempo para atingirem a firmeza desejada pelos fãs dos X-Men

Steven Rogers não se transformaria no Capitão América só com o soro que ele recebeu em plena Segunda Guerra Mundial. O coquetel de hormônios da década de 1940 provocaria muita acne, oscilações de humor e redução dos testículos do supersoldado, segundo o livro "A Ciência dos Superpoderes". Por enquanto, a genética permite um desenvolvimento muscular mais eficiente, tratamento bastante em voga entre atletas olímpicos, mesmo que não seja tão imbatível quanto o dos quadrinhos

Quando o piloto Brandon Cayce sofre um acidente aéreo mortal, ele se recusa a seguir para outro plano com a dona Morte e volta rapidamente ao mundo terreno sob a alcunha de "Deadman". E, melhor, com vários poderes sobrenaturais. Nas páginas da série da Vertigo, por exemplo, ele é capaz de apagar a memória das pessoas, algo não muito longe de se tornar realidade, segundo atuais pesquisas de neurociência com animais. Um dos jeitos de controlar a memória, é inibir a enzima PKMzeta, que atua como um adesivo das conexões neurais que foram ativadas para gravar uma recordação de uma pessoa. Ou seja, toda vez que a enzima falha na "colagem" dessas sinapses, o cérebro pode "esquecer" de datas e eventos marcantes, explica o livro "A Ciência dos Superpoderes"

Juan Scalliter, autor do livro "A Ciência dos superpoderes", não se interessou muito pelo anel superpoderoso do Lanterna Verde, mas, sim, no jeito como esse super-herói consegue obter informações importantes dos mortos. Segundo o jornalista, os neurocientistas da faculdade de Medicina Case Western, nos Estados Unidos, conseguiram armazenar lembranças no hipocampo (responsável pela memória dentro do cérebro) de um rato morto e depois recuperá-las quando estimularam as sinapses dessa região cerebral. As informações ficaram no tecido por dez segundos, "o mesmo tempo que ficam armazenadas, naturalmente, nos mamíferos, inclusive no ser humano", explica a pesquisa