quinta-feira, 25 de abril de 2013

Os experimentos científicos mais assustadores da historia


O terrível cão de duas cabeças



Em 1954, Vladimir Demikhov chocou o mundo ao apresentar o resultado de seu experimento: um cachorro com duas cabeças, criado cirurgicamente. Mas a monstruosidade não para por aí. O cientista não implantou apenas a cabeça, mas toda a região dianteira de um filhote no pescoço de um pastor alemão já adulto. Os jornalistas quase não conseguiam acreditar no que estavam vendo, principalmente quando os duas cabeças começaram a beber leite simultaneamente.
A União Soviética bradava o feito de Demikhov como prova da superioridade de seus médicos e, durante 15 anos, o russo criou 20 cães de duas cabeças, sendo que nenhum viveu durante muito tempo. O recorde de vida foi de um mês, já que havia uma rejeição muito grande do tecido enxertado.
Mas Demikhov não realizava esses procedimentos por sadismo. O médico foi o pioneiro nos estudos de transplantes de órgãos vitais e desejava, um dia, realizar o transplante de coração e pulmão em seres humanos. Mas quem acabou transplantando o primeiro coração humano, em 1967, foi o sul-africano Christian Barnard, que chegou a visitar o laboratório do soviético duas vezes e considerava Demikhov como um professor. 

Transplante de cabeça de macaco

Como era de se esperar, o feito de Vladimir Demikhov acabou irritando outra superpotência da época, os Estados Unidos. Por isso, na tentativa de mostrar que os seus cirurgiões eram melhores, o governo americano financiou Robert White em uma série de cirurgias experimentais que resultaram no primeiro transplante de cabeça de macaco do mundo, em 14 de março de 1970.

White e seus assistente levaram horas para realizar a cirurgia, que exigia até mesmo alguns movimentos coreografados para que pudesse ser realizada com sucesso. E eles conseguiram: removeram a cabeça de um macaco e a implantaram em um novo corpo. Quando o macaco acordou no novo corpo, ele começou a seguir o cirurgião com os olhos e a demonstrar raiva, deixando claro que não gostou do que tinha acontecido. Infelizmente, a cobaia sobreviveu por apenas um dia e meio, vindo a falecer por razões de complicações cirúrgicas.

Diferentemente do que aconteceu com Demikhov, Robert White não foi tratado como um herói pelo povo americano. A opinião pública, amedrontada pelo  experimento, condenou veemente o feito de White. Mas isso não impediu o doutor de continuar com seus estudos, chegando a sugerir a realização do mesmo experimento com cabeças de seres humanos que, pelo bem ou pelo mal, nunca chegou a acontecer. O cirurgião faleceu em setembro de 2010
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