quarta-feira, 20 de março de 2013

Morre mais um interprete da musica Bossa Nova

Derivado do samba e com forte influência do jazz, a bossa nova é um movimento da música popular brasileira do final dos ano 50 lançado por João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e jovens cantores e/ou compositores de classe média da zona sul carioca. De início, o termo era apenas relativo a um novo modo de cantar e tocar samba naquela época, ou seja, a uma reformulação estética dentro do moderno samba carioca urbano. 
O cantor Emílio Santiago, de 66 anos, morreu na manhã desta quarta-feira (20) no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. De acordo com o hospital, o artista morreu em função de complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral isquêmico (AVC) que sofreu em 7 de março.
"A voz de Emílio Santiago era mais suave e profunda que a de Nat King Cole", escreveu o crítico de música do "The New York Times", em um artigo publicado em 24 de abril de 2009, na edição impressa do jornal.
Nascido no Rio, em 1946, Emílio Santiago cursou direito na década de 1970, estimulado por seus pais.
A série "Aquarela brasileira", responsável por aumentar consideravelmente sua popularidade no país, teve mais seis volumes, o último deles lançado em 1995. Um de seus mais importantes trabalhos, "Feito para ouvir", de 1977, foi reeditado pela Dubas Musica em 2009. Outro relançamento em sua carreira aconteceu em 1989 com "Brasileiríssimas", seu segundo disco, originalmente de 1976. Entre seus maiores sucessos estão "Saigon", "Verdade chinesa", "Lembra de mim", "Vai e vem", "Tudo que se quer" e "Flor de lis".
Seu último disco saiu em 2012, uma versão ao vivo de "Só danço samba", de 2010 – que,  por sua vez, foi o primeiro trabalho do selo Santiago Music. O álbum é uma homenagem ao  "rei dos bailes" Ed Lincoln, trazendo canções que fizeram sucesso nos clubes do Rio de Janeiro nos anos 60, além de músicas atuais de artistas como Mart'nália, Jorge Aragão e Dona Ivone Lara. Ao todo, sua discografia conta com 30 álbuns e 4 DVDs.